“THE RESISTANCE”
Ao quinto álbum de originais, os Muse acentuam tudo aquilo que já vinham fazendo: revisitam uma diversidade de estilos e géneros que vão desde o glam rock ao clássico, passando pelo Rhythm & Blues ou pelo Disco. O inicio em tons electrónicos associados a uma simples mas, simultaneamente, soberba melodia agarra o ouvinte para nunca mais o largar. De seguida, o tema título é uma avalancha de emoções que chegam a arrepiar! A partir deste momento estão criadas as bases para se ouvir o melhor álbum da carreira dos britânicos que, uma vez mais, se voltam a apoiar nos coros e hinos progressivos, muito na linha de Queen cruzados de forma inteligente com os clássicos, como Chopin. O melhor exemplo surge em United States Of Eurasia (+ Collateral Damage). A alternância no andamento das canções, que leva o ouvinte para situações velozes e serenas sem avisos prévios, está mais uma vez presente. Dentro de um conjunto de temas sensacionais, o destaque vai para Unnatural Sellection onde o colectivo recupera um instrumental antecipadamente usado (em Origin Of Symmetry) incluindo um órgão de Igreja. A capacidade criativa do colectivo fica ainda bem exposta na ópera criada sob a designação de Exogenesis, dividida em três actos e que fecha o álbum de uma forma verdadeiramente assombrosa e sumptuosa.
Colaboração do professor Pedro Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário